quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Origens da capoeira

Raízes africanas:
    A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na África, faziam muitas danças ao som de músicas.  

No Brasil:   
    Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta.

    Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.

    A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta.

    Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro.

Três estilos da capoeira: 
    A capoeira possui três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical de acompanhamento. O estilo mais antigo, criado na época da escravidão, é a capoeira angola. As principais características deste estilo são: ritmo musical lento, golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia. O estilo regional caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira angola com o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, sendo que as acrobacias não são utilizadas. Já o terceiro tipo de capoeira é o contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de capoeira é o mais praticado na atualidade.

Acarajé, uma delícia cultural


A Acarajé é uma especialidades da culinária afro-brasileira, sendo o principal prato do tabuleiro da baiana. Feita de massa de feijão – fradinho,cebola e sal frita em azeite-de-dendê. Ela pode ser servida juntamente com camarão seco,vatapá, caruru, pimenta e salada.
O Acarajé dos Iorubás da África Ocidental (um dos maiores grupos étnico da região), deu origem ao brasileiro, e por sua vez semelhante ao Falafel Árabe (comida popular do Oriente Médio). Na África as favas secas e o grão de bico foram substituídos pelo feijão -fradinho.
Acarajé, comida do ritual da orixá Iansã, na África é chamada de Àkàrà que significa : Bola de Fogo, e je significa comer. No Brasil as duas palavras foram juntadas e chamada de Acarajé: comer bola de fogo, foi devido ao seu modo de preparo que recebeu esse nome.
Na Bahia os temperos são mais carregados e saborosos que os feitos para os orixás.


RECEITA:
Tempo de preparo: 1 h
Rendimento: 15 porções
Dificuldade: moderada
Receita Típica da: Bahia

Ingredientes

1 quilo de feijão fradinho
½ quilo de cebola
1 colher de sopa de sal
1 litro de azeite de dendê

Modo de preparo

Coloque de molho o feijão fradinho de um dia para o outro. Esfregue para soltar as cascas e lave para eliminá-las. Passe num moedor junto com a cebola e, depois, bata até ficar uma massa leve. Tempere com sal, camarão seco moído, pimenta e azeite de dendê. Coloque o azeite de dendê numa frigideira e, quando estiver bem quente, frite às colheradas. Servir quente, com molho de acarajé.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pelourinho

     O centro histórico de Salvador chama-se Pelourinho, por ser o nome dado as correntes que prendiam os escravos africanos, nesse local eram realizadas os castigos em meio a construção das Igrejas(as quais eles não podiam entrar),fortes ,casas e outros.
    A palavra "pelourinho" se refere a uma coluna de pedra, localizada normalmente ao centro de uma praça, onde criminosos eram expostos e castigados. 
    A história do bairro soteropolitano está intimamente ligada à história da própria cidade, fundada em 1549 por Tomé de Sousa, primeiro governador-geral do Brasil (quando D. João III era o monarca reinante), que escolheu o lugar onde se localiza o Pelourinho por sua localização estratégica - no alto, próximo ao porto e da região comercial e com uma barreira natural constituída por uma elevação abrupta do terreno, verdadeira muralha de até 90 metros de altura por 15KM de extensão - facilitando a defesa da cidade. Era um bairro eminentemente residencial, onde se concentravam as melhores moradias, até o início do século XX.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Forte de São Marcelo

O  Forte de São Marcelo, conhecido popularmente como Forte do Mar, localiza-se em Salvador, na Bahia. O Forte destaca-se por estar dentro das águas e ser o único com formato popular no país. Durante a invasão holandesa de 1624, foi o primeiro lugar ocupado pelos conquistadores que de lá dispararam balas incendiárias que aterrorizaram os moradores da cidade, facilitando a invasão.
  Com uma área construída de 2.500 metros quadrados, o seu projeto original, em estilo renascentista tinha o objetivo de resistir melhor às correntes e marés, permitindo tiro em qualquer direção na defesa da cidade e porto de Salvador. Tem formato circular com pátio de 10 metros de largura, separando a torre de um anel perimetral.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Culinária Afrodescendente

Prato Típico
 Cuscuz, feijoada, bobó e moqueca são alguns exemplos da grande presença da cozinha de origem africana em nosso país. A culinária brasileira hoje mostra a resistência da cultura afro-descendente através da comida. 
  Alguns dos principais restaurante e bares das cidades e estados inserem em seus cardápios pratos típicos da cultura afro-descendente. Tudo isso porque há muito tempo atrás, quando o Brasil ainda permanecia colônia de Portugal os escravos africanos trouxeram o seu cardápio para a cozinha brasileira com algumas implementações. Os temperos usados eram o açafrão, o óleo de dendê e o leite de coco. Este último tem sua origem nas Índias e seria usado na costa leste da África já no século XVI, sendo trazido para o Brasil onde é utilizado para regar peixes, mariscos, o arroz-de-coco, o cuscuz, o mungunzá e ainda diversas outras iguarias.

Danças Africanas

Na dança africana, cada parte do corpo se movimenta em um ritmo diferente. Os pés seguem a base musical, acompanhados pelos braços que equilibram o balanço dos pés. A memória é um aspecto ontológico da estética africana. É a memória da tradição, da ancestralidade e do antigo equilíbrio da natureza, da época na qual não existiam diferenças nem separação entre o mundo dos seres humanos e dos deuses.
Nas danças africanas, o contato contínuo dos pés nus com a terra é fundamental para absorver as energias que deste lugar se propagam e para enfatizar a vida que tem que ser vivida neste local. Existem várias danças e entre elas destacam-se: lundu, batuque, ijexá, capoeira, coco, congadas e jongo.

Diversidade Cultural

   Apesar do processo de globalização, que busca a mundialização do espaço geográfico, tentando através de meios de comunicação criar uma sociedade homogênea, aspectos locais continuam fortemente presentes. A cultura é um desses aspectos, várias comunidades continuam mantendo seus costumes e tradições.


   O Brasil, por apresentar uma grande dimensão territorial, configura uma vasta diversidade cultural no seu povo. Os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos foram os primeiros responsáveis pela disseminação cultural no Brasil. Aspectos como culinária, danças, religião são elementos que integram a cultura de um povo.